Runas - Um Oráculo Nórdico

A palavra "Runa" provém do francês "rune", do norueguês "rune", do gótico "runa", e significa segredo, mistério, escrita secreta.

Runa é o nome dado a cada um dos caracteres dos mais antigos alfabetos germânicos e escandinavos.

Curiosamente, alguns povos do continente europeu, antes de aprenderem os caracteres romanos, para comunicarem-se entre si usavam os chamados "glifos", que compunham a escrita alfabética "Futhark", que deu origem às Runas.

Desde o seu aparecimento, as Runas adquiriram uma função ritualística de adivinhação e de magia.

Eram consideradas mágicas e proféticas na tradição cultural dos Vikings e são um antigo código de mensagens, derivado de figuras formadas a partir da junção de pequenos pedaços de madeira.

As Runas eram usadas de três formas distintas:

como oráculo,
para transmitir mensagens escritas e;
como conhecimento xamanístico.

Durante cinco séculos, o alfabeto rúnico composto por 33 letras foi utilizado no Reino Unido, porém ainda existem na Inglaterra inscrições em pedras com esses caracteres. A mais antiga delas é um pequeno cofre feito de ossos de baleia, datado de 700 d.C.

A expansão do Cristianismo no Ocidente travou a construção de monumentos dedicados aos deuses escandinavos, e as runas acabaram por ser banidas e esquecidas ao longo de mais de 300 anos.

Mas, esta tradição oracular não se perdeu no tempo, tendo renascido como um dos mais requisitados oráculos do Ocidente.

O historiador romano "Caio Cornelius Tacitus" descreveu que o Imperador Júlio César, ao interrogar prisioneiros Vikings, ficou espantado quando descobriu que, dentre este povo, eram as mulheres que consultavam o oráculo das Runas e quem decidiam sobre o melhor momento de iniciar uma guerra ou até o tratamento a ser infligido aos prisioneiros.

Para se ter uma ideia, todos os aspectos da vida quotidiana dos povos escandinavos, do mais simples ao mais sagrado, eram regidos pelos mestres das Runas.

De forma que eles chegavam a gravar os símbolos em amuletos, taças, espadas, soleiras e navios, para evocar as forças divinas que concediam proteção e auxílio.

Estes povos acreditavam que o seu poder mágico lhes garantiria a fartura das colheitas, um clima favorável e a cura de doenças.

Segundo a mitologia nórdica, as Runas foram encontradas por Odin, o maior dos deuses escandinavos, e ele as divulgou entre o seu povo como símbolo de sabedoria e do conhecimento de todos os mistérios dos deuses e dos homens.

Na figura a seguir podemos encontrar o nome de cada runa e a sua pronuncia: