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"Valentine's Day", de um festival pagão para uma celebração cristã.


O Dia dos Namorados , também chamado de Dia de São Valentim ("Valentine's Day"), é celebrado hoje, dia 14 de fevereiro, em muitas partes do mundo.


Porém, esta comemoração nem sempre existiu no calendário. A data foi "inspirada" em um festival romano chamado "Lupercalia", realizado neste mesma época, que a tradição cristã "tentou apagar da memória de suas ovelhas" por ser considerada uma festa pagã.


A festa da "Lupercália" simbolizava a purificação que devia acontecer em Roma ao fim do ano, que começava em Março. Já que nesta época o calendário era totalmente diferente, não existiam os meses de Janeiro e Fevereiro.


A "Lupercalia", "Lupercália", "Lupercais" ou "Festas Lupercais" era um festival pastoril romano, celebrado a XV Kalendas Martias (ante diem XV Kalendas Martias), que corresponde hoje aproximadamente ao dia 15 de fevereiro.


É uma das festas romanas mais antigas, celebrada todos os anos em homenagem a "Lupercus", o Deus da Fertilidade, e tinha o intuito de evitar espíritos malignos, purificar a cidade, "trazer" saúde e fertilidade.


Este festival, como muitos outros festivais romanos, crenças e tradições religiosas deste povo, refletia o estilo de vida agrária dos romanos em sua história inicial, e se utilizava de sacrifícios e oferendas dentro de sua ritualística.


Os Pormenores do Festival Romano Lupercalia


Anualmente, um corpo especial de sacerdotes, os "luperci sodales" (lupercos sodais) eram eleitos entre os patrícios mais ilustres da cidade.


Na data prevista, então, os lupercos daquele ano encontravam-se na gruta "Lupercal" para sacrificarem dois bodes e um cão para que fossem ungidos na testa com este sangue, e limpassem o sangue da lâmina do sacrifício com uma lã embebida em leite.


Vestiam-se então do couro dos animais, simbolizando o "Fauno Luperco", do qual arrancavam tiras, chamadas "februa", com as quais saíam ao redor da colina a chicotear o povo, em especial as mulheres inférteis, que se reuniam para assistir o festival.


A "Lupercália" era uma festa de fim de ano. Acreditava-se que essa cerimônia servia para espantar os maus espíritos e para purificar a cidade, assim como para liberar a saúde e a fertilidade às pessoas açoitadas pelos lupercos.


A associação com a fertilidade viria das chicotadas deixarem a carne em cor púrpura. Essa cor representava as prostitutas sacerdotais da Ara Máxima, também chamadas lobas.


Tratava-se também de um rito de passagem, simbolizando a morte e a ressurreição, e celebrando assim a vida.


A festa era tão antiga como a própria história de Roma (sabe-se que era uma tradição forte já no tempo de Júlio César), e tornou-se mais popular ainda nos tempos da República romana, quando a gruta "Lupercal" foi reformada por Augusto, e perdurou até aos tempos do império e da sua queda.


Esta mesma celebração foi adotada por Justiniano I no Império do Oriente em 542, como remédio para uma peste que já havia assolado o Egito e Constantinopla e ameaçava o resto do império.


Em 494 d.C., o Papa Gelásio I proibiu e condenou oficialmente essa festa pagã, numa tentativa de cristianizá-la, e substituiu-a pelo 14 de fevereiro, dia dedicado a São Valentim (hoje, conhecido como o dia dos namorados).


Mas, Por quê "São Valentim"?


A origem do Dia de São Valentim, celebrado nos Estados Unidos e na Europa, é muito anterior ao Dia dos Namorados no Brasil. (No Brasil, o dia dos namorados não se comemora nesta data devido à decisão de que o mês de Junho era justamente o mês de desaquecimento das vendas. A escolha do dia 12 teve a ver com o fato de ser véspera da celebração de Santo Antônio, que já era famoso no Brasil por ser o santo casamenteiro.)

O chamado Valentine's Day" começou a ser celebrado no século 5 - o primeiro dia oficial do santo foi declarado em 14 de fevereiro de 496 pelo papa Gelásio, em homenagem a um mártir que tinha esse nome.

Há algumas explicações para a história, mas a mais famosa é a de que São Valentim era um padre de Roma que foi condenado à pena de morte no século III.

Segundo esse relato, o imperador Cláudio II baniu os casamentos naquele século por acreditar que homens casados se tornavam soldados piores - a ideia dele era de que solteiros, sem qualquer responsabilidade familiar, poderiam render melhor no Exército.

Valentim, porém, defendeu que o casamento era parte do plano de Deus e dava sentido ao mundo. Por isso, ele passou a quebrar a lei e organizar cerimônias em segredo. Quando Cláudio descobriu, ele foi preso e sentenciado à morte no ano 270.

Mas, durante o período em que ficou preso, o agora santo se apaixonou pela filha de um carcereiro.

No dia do cumprimento da sentença, ele enviou uma carta de amor à moça assinando: "do seu Valentim" - o que originou a prática moderna de enviar cartões para a pessoa amada no 14 de fevereiro.

Mas foi apenas dois séculos depois que a data passou a ser efetivamente comemorada, quando o papa Gelásio instituiu o Dia de São Valentim, classificando-o como símbolo dos namorados.

Por: João Batista Salgado Loureiro

Cofundador da Holystica®, Escritor, Especialista em Maçonologia, Engenheiro Civil, Astrônomo Amador, Autor de Produtos de Astronomia "As Maravilhas do Céu Estrelado", Palestrante de Astronomia e Motivacional

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